A engenharia civil, de uma forma expressiva e muito próxima do homem, confere uma dimensão demiúrgica à tecnologia, ao projectar e executar as grandes obras que moldam a paisagem natural e a afeiçoam a novas configurações de acordo com as decisões do homem. Dos grandes edifícios às infra-estruturas de transporte, com suas obras de arte, passando pela hidráulica ou pela tecnologia sanitária, os engenheiros, entre o gabinete e o estaleiro, concebem os projectos respectivos, equacionam os cálculos adequados às dimensões e localização, decidem os materiais e as técnicas a utilizar, acompanham, nos múltiplos detalhes, a implantação no terreno das obras a realizar, mediando o processo que vai da ciência à utilidade social.
Trabalhando em equipas cada vez mais vastas e especializadas, os engenheiros realizam a síntese entre várias áreas científicas com vista à concretização de um determinado empreendimento. Enquanto ciência aplicada, a engenharia ganha sustentabilidade ao incorporar princípios da física e da química, da matemática e da computação, ao utilizar modelos físicos e matemáticos que normalmente testa em laboratórios, aperfeiçoando, adequando e desenvolvendo técnicas próprias.